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Indústria de queijos catarinense é reconhecida internacionalmente
Uma trajetória que iniciou discreta em 1986 e, hoje, é reconhecida no mundo. Assim pode ser resumida a história da Queijos Perosa, de Iraceminha, que cada vez mais vem subindo degraus no mercado com seus produtos de elevada qualidade. A empresa faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na área de Agroindústria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural de São Miguel do Oeste.
A qualidade dos produtos é tão rigorosa que, em outubro de 2023, a Queijos Perosa conquistou medalha de Bronze, com o parmesão 10 meses, no World Cheese Awards – maior Concurso Internacional de Queijos do mundo. A 35ª edição do Prêmio ocorreu em outubro em Trondheim, na Noruega, e bateu recorde de inscrições. Ao todo, foram recebidos 4.502 queijos de 43 países, os quais foram julgados por um painel de 264 juízes de 38 nações.
“Estou emocionado por ter meu queijo reconhecido por um painel de jurados especializados. Competir com tantos queijos incríveis já foi uma experiência gratificante. Ganhar a medalha de bronze é um grande motivo de orgulho”, publicou o proprietário Diego Perosa, nas redes sociais da marca.
Para a técnica de campo da ATeG, Larissa Da Fré, que acompanha a propriedade a conquista do prêmio é resultado de muito trabalho e dedicação do gestor e dos colaboradores, além de reconhecer a qualidade dos queijos produzidos na agroindústria.
Diego ressalta que participar da ATeG Agroindústria é importante para manter a empresa organizada. “O trabalho da técnica é fundamental no dia a dia da empresa, pois auxilia em atividades da produção, prestando assistência em assuntos regulatórios e analisando a condição financeira do empreendimento”, enfatizou ele.
O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, ressalta que é uma satisfação observar tantas empresas do agronegócio construindo uma trajetória de sucesso. “Mais gratificante ainda é saber que o Sistema Faesc/Senar contribui para o desenvolvimento dos negócios do setor produtivo”, frisou ao comentar que a ATeG Agroindústria oferece Assistência Técnica e Gerencial qualificada, contribuindo para o aumento da produtividade, da qualidade dos produtos, da sustentabilidade e da renda dos produtores.
Contabilizando reconhecimentos
O parmesão foi um dos primeiros queijos da empresa a ser reconhecido. “Começou ainda em 2022, quando conquistamos o 5º lugar em um concurso que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) organizou. Logo depois tivemos outras premiações”, relatou Diego.
Antes do prêmio no Noruega, o parmesão também obteve um ouro no Prêmio Queijo Brasil 2023, realizado em Blumenau (SC). “E, além do parmesão, tivemos outros queijos reconhecidos. No concurso Queijo Brasil, tivemos três medalhas de ouro (parmesão, queijo colonial e o caciocavallo)”, destacou.
Outras premiações incluem o concurso Queijo Brasil com uma medalha de prata para o Raclette – queijo estilo suíço produzido pela Queijos Perosa. “Esse também foi um produto de bastante sucesso no ano que passou. Vendemos muito esse item! Participamos, ainda, do concurso catarinense no qual recebemos sete medalhas. Inclusive um ouro com o queijo parmesão”, ressaltou Diego.
Sobre o parmesão
O parmesão é um queijo de massa cozida com característica dura. “O nosso parmesão tem 10 meses de maturação. Passa praticamente um ano armazenado em condições mais amenas, ou seja, fica de 14 a 16 graus na temperatura de maturação e conta com umidade controlada na faixa de 80 a 90%”, explicou Diego.
Como tudo começou
A trajetória da família no segmento iniciou quando os pais de Diego (Darci Pedro Perosa e Inelva Ranzan Perosa) saíram de Nova Araçá (RS) e instalaram-se em Iraceminha. De origem italiana trouxeram a atividade agropecuária para a pequena propriedade onde produziam grãos para alimentar a produção de suínos e gado leiteiro (raça Jerssey). Em 2000 foi construída a primeira planta para processar leite e transformar em queijos (muçarela e provolone). Na época, a pequena unidade contava com área útil de 64 metros quadrados.
A mãe de Diego sempre foi a mestre queijeira e todo o processo de produção era feito por mão de obra familiar. Com o incentivo da família Diego qualificou-se para ser o responsável técnico da empresa e, por se identificar com a química dos alimentos, cursou Engenharia de Alimentos e mestrado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, ambas pela Universidade Estadual de SC (Udesc).
Com a perda do pai em 2011, a Queijos Perosa permaneceu fechada até 2018, quando Diego decidiu restaurar a agroindústria após uma viagem para a Itália e França, onde conheceu outras queijarias e diferentes formas do produto. Hoje, a capacidade de processamento da fábrica é de mil litros de leite por dia. Entre os produtos estão o queijo colonial, o colonial maturado e os queijos parmesão, os queijos de massa filada (muçarela, provolone e caciocavallo), a ricota e o doce de leite.
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